A cirurgia de tração óssea consiste em reconstruir de uma forma estratégica o que a enxertia poderia não conseguir, pois a enxertia óssea atua melhor nas reconstruções ósseas objetivando ganhos em espessura(horizontais) e muitas vezes há a necessidade de ganhos ósseos em altura(verticais). O motivo do sucesso de tal técnica é atribuído a melhora do suprimento sanguíneo-ósseo que é muito diminuído em enxertias ósseas verticais tradicionais, podendo levar à perda do enxerto.(GIOVANI/CENTRO)
A técnica da tração óssea tem sua paternidade atribuída ao russo Ilizarov, porém a mesma inicialmente foi utilizada por cirurgiões no final do século XIX(1880), mas foi Codivilla, em 1905, Bologna, na Itália, o primeiro a descrever a técnica da tração óssea para alongamento dos membros inferiores, porém,devido a imprevisibilidade da técnica seu idealizador(Codivilla)a abandonou. O russo Ilizarov(considerado pai da técnica) retomou os estudos e pesquisas com a famigerada técnica em 1945, porém, somente nos anos 50(cinqüenta) ,ele,determinou um protocolo deste tratamento em ossos longos com bastante previsibilidade. Todavia,a aplicação da tração óssea na cirurgia maxilofacial só foi iniciada em 1973 por Snyder. Até 1990,os aparelhos utilizados para alongamento ósseo mandibular eram colocados de forma extrabucal. Com advento, cada vez maior, da tecnologia podemos hoje contar com dispositivos intra-bucais minúsculos(distratores)que sequer precisam ser removidos de seus locais de atuação, após cumprirem o seu objetivo, e são usados para dar seqüência ao tratamento definitivo. (GIOVANI/CENTRO)
No decorrer dos anos que se seguiram,à sua idealização, a técnica teve seus problemas sanados e foi coadjuvada pela tecnologia(conforme menção feita no parágrafo acima).Atualmente é uma valiosa técnica cirúrgica a favor das cirurgias que necessitam ganhos ósseos em altura ,pois, a técnica quando corretamente empregada tem o poder de promover :osteogênese; histogênese e angiogênese.(GIOVANI/CENTRO)
As áreas ósseas em que a técnica tem maior aplicabilidade para a implantodontia, são: região posterior da mandíbula e anterior da maxila.
O CENTRO recomenda aos cirurgiões, adeptos à técnica da tração-óssea, que após a aplicação da mesma em seus pacientes não confiem o pós-opr(pós-operatório)aos mesmos (pacientes)em hipótese alguma.(GIOVANI/CENTRO)