+ APNÉIA/SONO Cancelamento/
Palestra/CENTRO/
27/10/17




Apnéia/Sono (Síndrome/Doença)

A apnéia é definida como a parada respiratória, involuntária, por um período igual ou superior a 10 segundos. O CENTRO vem pesquisando há algumas décadas o problema (apnéia) e, no nosso entendimento, o mesmo é “bem democrático”, visto que, atinge indiscriminadamente todas as classes sociais. O problema é antigo e temos relatos (apnéia/sono) que datam de antes da chegada de Cristo, logo, um problema de difícil solução. Em nossa secular experiência aprendemos que “curar é uma questão de tempo mas as vezes é também uma questão de oportunidade” —partindo dessa premissa (cura/oportunidade) o CENTRO pretende fazer uma dissertação objetiva, sobre o assunto, para os nossos leitores leigos. Acreditamos que ao esclarecer o indivíduo, ele terá a oportunidade para escolher o caminho que melhor convir-lhe. A apnéia que age durante o sono, e que é o objetivo da nossa dissertação, sob o ponto de vista científico é considerada como uma Síndrome, ou seja, um conjunto de sintomas que caracterizam uma doença, porém, para o CENTRO é uma doença com varias vertentes, assim sendo, os indivíduos portadores dessa síndrome (apnéia/sono), paradoxalmente, apresentam todos uma única causa (problemas durante a passagem do ar exterior até a chegada aos seus pulmões principalmente nos períodos do sono), contudo, os exames clínicos são conclusivos no sentido de que apesar da apnéia ter apenas um fator desencadeante (a não chegada do ar aos pulmões no tempo e na quantidade requerida para suprir a fisiologia do portador da síndrome) são várias as morbidades (causas) que faz com que o ar não chegue aos pulmões da forma como deveria e, em nossa observação, dificilmente 2 (dois) indivíduos portadores da mesma síndrome (apnéia) têm a mesma morbidade desencadeante (parada respiratória), logo, o diagnóstico de qualquer quadro clínico com sintomas da síndrome (apnéia) deve ser e é feito com o exame simultâneo de três regiões, ei-las: R-nasal; R-oral e R-orotraqueal. O objetivo do exame das regiões citadas é detectar onde está a obstrução que faz com que o ar não chegue passivamente aos pulmões. (GIOVANI/CENTRO) O exame clínico mais antigo (rinoscopia/espéculo nasal) apesar de, ainda, útil para diagnosticar as obstruções (desencadeadora/apnéia) vem sendo coadjuvado pelo uso de aparelhos modernos cujos os mesmos utilizam fibra óptica (média/2mm) ligada a uma microcâmara que filma as estruturas de interesse, tais como: cavidade nasal (desvio de septo, hipertrofia dos cornetos que geralmente têm como causa a renite alérgica e etc. . .); região retropalatal (espessamento do palato mole, úvula edemaciada com espessamento capaz de diminuir à luz da região orofaringeana e etc. . .) e região retrolingual (macroglossia; fossa amigdaliana e parede posterior da faringe estreitadas e etc. . .). O CENTRO expôs, até o presente momento, a conduta mais simples de diagnóstico (síndrome/apnéia), porém, é de suma importância que o nosso leitor leigo tenha conhecimento do exame chamado Polissonografia, visto que, trata-se de um exame que além do diagnóstico preciso, fornece também as diretrizes (conduta clínica) que a equipe multidisciplinar (profissionais de variadas especialidades clínica e cirúrgica) deverá seguir durante as fases requerida dentro do plano de tratamento traçado, para a resolução do quadro clínico do portador da síndrome/apnéia. (GIOVANI/CENTRO) O exame Polissonografia teve início na década de 60 (sessenta) e é oriundo da Europa. A Polissonografia é considerada, desde o início de sua atividade, o principal exame diagnóstico para o tratamento da síndrome (apnéia/sono). O exame (polissonografia) basea-se em dados colhidos durante uma noite de sono de 7 (sete) horas monitorada através de três exames simultaneamente realizados, ei-los: Eletroencefalograma; Eletromiograma e Eletrocardiograma, obviamente, tal exame (polissonografia) busca, com a leitura simultânea dos três exames, a mensuração do grau de comprometimento entre o doente e a doença que é medido e denominado por um índice definido pela divisão do número de episódios apneicos (paradas respiratórias), detectados pelos monitores dos três exames (EEG, EMG e ECG), pelas horas de sono monitoradas (7 horas/padrão). (GIOVANI/CENTRO) O índice que define o grau da apnéia (número de episódios apnéicos divididos pelas horas de sono), mencionado no parágrafo anterior é concluído da seguinte forma: Apnéia Leve, quando o índice é igual a 10; Apnéia Moderada , Índice superior a 10 e inferior a 40 e Apnéia Grave, Índice igual ou superior a 40. O CENTRO aproveita a oportunidade para posicionar-se, destarte, alertar o nosso leitor leigo do fato da literatura do gênero reconhecer como grave somente os quadros clínicos que têm apnéia com Índices igual ou superiores a 40 —vemos com reservas tal reconhecimento, pois, para nós (CENTRO) todos os Índices são dignos de tratamento. (GIOVANI/CENTRO) A Polissonografia analisa também a fisiologia do sono, através da atividade cerebral medida pelo eletroencefalograma, e com o resultado desta analise ela (polissonografia) mapeia o período de tempo, dentro do sono monitorado, em que ocorre o maior número de episódios apnéicos, logo, período de maior morbidade para o doente (portador/síndrome). Outro exame de grande valia para o tratamento da apnéia/sono é a cefalometria, pois, através da mesma são feitos os traçados dos acidentes anatômicos que servirão para diagnosticar (mostrar) o local ou locais onde há obstrução nas vias aéreas. (GIOVANI/CENTRO) O CENTRO, até o presente momento, mostrou os principais exames para o diagnóstico da apnéia/sono. Todavia vemos como uma menção construtiva, ao nosso leitor leigo, expor também as causas do problema que, no nosso entendimento, variam entre 2 (dois) fatores — ei-los: comportamental (acidente que causou mudança de posição de alguma estrutura pertencente às vias aéreas; doença adquirida que causou hiperplasia de parte dos tecidos ou glândulas ligadas às vias aéreas; alimentação indutora de obesidade, visto que, os indivíduos obesos geralmente acumulam gordura na região orofaringeana diminuindo a luz da mesma e consequentemente a passagem do ar por esta região e etc. . .) e genético hereditário (obesidade oriunda de disfunção endócrina; micrognatia = mandíbula diagnosticada como desproporcionalmente inferior, dentro da harmonia craniofacial; retrognatismo mandibular — mandíbula posteriorizada; retrognatismo maxilar—maxila posteriorizada; retrognatismo maxilo/mandibular —ambos posteriorizados dentro da harmonia craniofacial; macroglossia = lingua diagnosticada como desproporcionalmente grande para o arcabouço em que se encerra; osso hióide posicionado muito inferiormente na região em que se encerra; palato mole alongado ou espessamento maior que o normal, geralmente, esta condição causa a obstrução retropalatal que é a, geralmente, responsável pelo ronco, dá seguinte forma, o barulho ocorre devido a vibração da faringe e do palato mole durante a passagem do ar e etc. . .). (GIOVANI/CENTRO) Em face do exposto, sobre o fator genético, vemos (CENTRO) como uma informação incompleta, visto que, temos também o fator genético alterado através de origem exógena (droga /composto químico/ metais pesados e etc. . .) que se levássemos em consideração e o soma-se ao fator genético hereditário (citado no parêntese aberto no parágrafo acima) teriamos condições para elucidar as origens das anomalias causadoras da apnéia/sono, porém, apesar de termos às nossas conclusões, acreditamos que tal aprofundamento dentro da presente dissertação, fugiria ao escopo da mesma que é direcionada à compreensão pelo público leigo. O CENTRO acredita ser de grande valia, ao nosso leitor leigo, saber: como a doença apnéia/sono incide sobre a população Mundial; qual é o comprometimento que ela (apnéia/sono) impõe sobre a saúde do indivíduo afetado; quais são os tratamentos indicados e, finalmente, qual é a conclusão dos Pesquisadores sobre esta doença. (GIOVANI/CENTRO) A incidência Mundial, apnéia/sono, não é algo possível de ser mensurado, apesar do nosso empenho, nossos registros em termos de porcentagens da mesma (Incidência/Mundial) não são confiáveis, assim sendo, preferimos não citá-los, porém, observamos um grande número de diagnósticos realizados em indivíduos em torno dos 45 anos e a propensão de afetados (homens apnéia/sono) é 80% maior que a das afetadas (mulheres apnéia/sono). Todavia o fato da incidência da doença ser maior no homem que na mulher, é facilmente explicado, ocorre devido a musculatura da faringe do homem ser mais resistente à passagem do ar que a da mulher, porém, em nossa observação, o quadro clinico (apnéia/sono) tende a aumentar o número geral de afetados (homens/mulheres) com o aumento da idade e da obesidade. Observamos, também, uma queda na disparidade entre o número de homens afetados e o número de mulheres afetadas que estão na menopausa, uma vez que, a mulher dentro dessa fase (menopausa) sofre aumento da resistência muscular oriundo da ação hormonal, logo, devido a tal fato (ação hormonal) há uma tendência à paridade entre os números dos afetados (homens e mulheres apnéia/sono), assim sendo, nossa “contabilidade” registrou um número 80% maior de homens (apnéia/sono) que de mulheres (apnéia/sono), porém, quando levado em conta mulheres menopausadas, “tal contabilidade” (80%) sofre uma queda e fica em torno de 40% maior o número de homens que sofrem da síndrome (apnéia/sono) em relação ao número de mulheres que sofrem do mesmo mal (apnéia/sono). (GIOVANI/CENTRO) O comprometimento, no que concerne, à saúde do indivíduo portador da síndrome (apnéia/sono), são vários e preferimos relatá-los pela ordem crescente dos acontecimentos: a interrupção da fisiologia do sono ocorre através da hipoxigenação do sangue que é fruto da parada dos movimentos respiratórios que, por sua vez, causa no indivíduo arritmia cardíaca, bloqueio do nódulo sinoatrial, convulsões e hipersonolência diurna que, por sua vez, limita as atividades diurna e por conseguinte há um ganho de peso, logo, consequentemente há uma hiperlipidemia o que gera maior incidência de distúrbios cardíacos em tais indivíduos (apnéia/sono). (GIOVANI/CENTRO) Acreditamos (CENTRO) que à essa altura o nosso leitor leigo deva estar se perguntando quando iremos falar do “tratamento da apnéia” —prezado leitor leigo, longe de querermos frustrar vossa expectativa, o “singular” é um têrmo que a doença Apnéia/sono desconhece, pois, geralmente, são vários os tratamentos objetivando a cura da mesma. Todavia, pretendemos dar-lhe um norte (rumo) para que se guie e desta forma consiga vosso intento, para tanto, valeremo-nos do conhecimento, que temos, dos procedimentos clínicos e cirúrgicos mais em voga, bem como, relataremos também os conceitos dos (procedimentos clínicos ou cirúrgicos) que julgarmos importante. Os tratamentos Clínicos, obviamente, são os primeiros a serem tentados, ei-los: é ministrado por alguns profissionais aos seus pacientes o uso de um aparelho que mantém pressão positiva e contínua de ar durante o sono do paciente, tal aparelho inibe o colabamento das paredes das vias aéreas. O aparelho, de “pressão positiva”, apesar da comprovada eficiência clínica é mau aceito pelos pacientes e o outro método clínico observado, acreditamos que o seu uso não esteja mais em voga, é o uso de “placa oclusal”, vamos à descrição de tal método: este método é preconizado por alguns “Profissionais” e visa a desobstrução retrolingual, da seguinte forma —o “Profissional” procura manter o osso mandibular em protrusão e desta forma, obviamente, anteriorizar a língua e toda a musculatura do soalho da boca (músculos milohioideu+ genioglosso). Todavia, é observado uma pouca efetividade no tratamento dos casos cujo o método (placa/oclusal) se propõe a tratar que são os casos de apnéia/sono diagnosticados como Leve, o que ocorre mesmo, com a aplicação deste método preconizado (placa oclusal) ainda por alguns profissionais, é uma disfunção de “ATM” e é também um tratamento clínico pouco aceito pelos paciente. (GIOVANI/CENTRO) No que diz respeito aos Tratamentos Cirúrgicos —relataremos, apenas, os que acreditamos serem úteis para o nosso leitor leigo, assim sendo, obviamente, vários procedimentos cirúrgicos não serão mencionados, porém, doravante é mister que o leitor tenha em mente que todos os Tratamentos Cirúrgico que envolvem a apnéia/sono têm algo em comum que é tentar desobstruir as vias aéreas para que desta forma o ar alcance os pulmões sem esforços por parte do indivíduo portador da síndrome (apnéia/sono). A traqueotomia (Obs: o têrmo Traqueotomia, sem o “S”, por nós usado, é respaldado por Séculos de literatura científica, bem como, pelo dicionário da língua Portuguêsa—AURELIO BUARQUE DE HOLLANDA FERREIRA, que diz o seguinte: Traqueotomia = Incisão com que se estabelece comunicação entre a traquéia e o exterior, logo, caso tenha alguma dúvida ao ter que escrever um dos dois têrmos “traqueostomia ou traqueotomia” —opte pelo segundo. . . o CENTRO agradece) foi o primeiro tratamento cirúrgico p /apnéia /sono e, na época de seu uso , mostrou-se como um problema tanto clínico quanto social, porém, era a única forma de manter vivos certos pacientes. Atualmente são vários os Tratamentos Cirúrgicos e, obviamente, são indicados, aos pacientes, após a ineficácia dos Tratamentos Clínicos que geralmente são bem limitados. Em nossas observações (CENTRO), boa parte dos portadores da síndrome (apnéia/sono) quando diagnosticados , após terem tentado o tratamento clínico, apresentaram índices entre Moderado à Grave, logo, geralmente, são portadores de uma das três obstruções clássicas (Nasal; Retropalatal e Retrolingual) ou na pior das hipóteses as três ao mesmo tempo — partindo dessa premissa surgiram os procedimentos cirúrgicos que visam as desobstruções das vias aéreas dos portadores da síndrome, ei-los: A obstrução nasal tem como etiologia mais comum o desvio de septo, porém, há inúmeras outras condições que podem causá-la (hipertrofia de conchas; hipertrofia de adenoide; tumores nasais; polipose nasal e etc. . .). A hipertrofia das conchas nasais que é diagnosticada, comumente, como causa de obstrução nasal, pode ser abordada por várias técnicas cirúrgicas (turbinectomia parcial ou total; turbinoplastia; eletrocauterização submucosa ou extramucosa; ressecção por radiofreqüência; laser; crioterapia e etc. . .) e, tudo indica, não há consenso na literatura quanto a melhor técnica a se adotar para reduzir o tamanho das mesmas (conchas). Todavia, pesquisas concluem que, geralmente, a Septoplastia resolve a maioria dos casos de obstrução nasal; (GIOVANI/CENTRO) A (obstrução Retropalatal) Uvulopalatofaringoplastia é uma técnica cirúrgica que visa a desobstrução diagnosticada como Retropalatal da seguinte forma, removem-se os pilares amigdalianos junto com as amígdalas e parte do palato mole junto com a úvula. 85% dos pacientes deixam de roncar com este tratamento. Os problemas observados na cirurgia preconizada pela (uvulopalatofaringoplastia) técnica são, algumas, complicações imediatas e mediatas —dentre as imediatas, temos: hemorragia, possível, devido a ressecção de vasos na região das amígdalas e palato mole; refluxo nasal oriundo de vedamento insuficiente na região do palato mole e odinofagia (dor no ato da deglutição) —dentre as mediatas, temos: remoção excessiva dos tecidos resultando em refluxo nasal e anasalamento da voz; remoção insuficiente dos tecidos resultando na persistência do ronco e odinofagia; A (obstrução retrolingual) Hioidopeccia é uma técnica cirúrgica que visa a desobstrução Retrolingual da seguinte forma, expõe-se o osso hióide e libera-se os músculos infra-hióideos seguido da exposição da cartilagem tirehióideia e fixação do osso hióide à mesma com fios não absorvíveis. Tal procedimento traciona a parede anterior da orofaringe impedindo o colabamento da mesma e desta forma corrigindo a obstrução “retrolingual”. Dentre as complicações, observadas, da Hioidopeccia —a principal foi o tracionamento excessivo que resulta em “sensação de engasgo”. (GIOVANI/CENTRO) O CENTRO, até o presente momento, com fins didáticos, expôs alguns dos procedimentos cirúrgicos não envoltos em grandes ressecções/osteotomias ósseas. Todavia, para que nossa dissertação não fique tão incompleta, visto que, conforme já dissemos reinteradas vezes, não temos a pretensão de mostrar tudo que cerca a apnéia/sono, porém, vemos como algo de grande valia principalmente ao nosso leitor leigo —saber um pouco, também, sobre a ajuda que os tratamentos cirúrgicos com movimentação óssea no complexo maxilo/mandibular (craniofacial) podem proporcionar aos que padecem dessa síndrome (apnéia/sono). (GIOVANI/CENTRO) As Cirurgias Ortognáticas são procedimentos cirúrgicos que visam corrigir anomalias de origem esquelética nos maxilares (maxilar e mandíbula), assim sendo, para que as mesmas (cirurgia ortognática) possam ser realizadas há necessidade de padrão especial para atendimento, logo, são realizadas, geralmente, abordo de centros cirúrgico/hospitalar e com equipe profissional multidisciplinar (Cirurgião + Anestesista + Pessoal de apoio cirúrgico). Para que consigamos o nosso objetivo (CENTRO) que é orientar o leitor que sofre, com a síndrome, a buscar ajuda de uma forma mais efetiva, vemos como importante citar a conclusão de outros locais de Pesquisa, a respeito da maioria dos portadores da síndrome (apnéia/sono), corroborados pelo CENTRO, ei-la: “Durante os estudos dos traçados cefalométricos, Pesquisadores concluíram que os pacientes com síndrome apnéia/sono obstrutiva possuem deficiência mandibular (micrognatia); retrognatismo mandibular e maxilar; aumento do espessamento do palato mole e têm o osso hióide localizado mais inferiormente”. Procurando manter-nos dentro dos limites do assunto (apnéia/sono) iremos mencionar, no nosso entendimento, as principais Cirurgias Ortognáticas mais em uso para desobstruir as vias aéreas e desta forma remover o clássico sintoma da apnéia/sono que, como todos sabem, é a obstrução das mesmas (vias aéreas). As principais Cirurgias Ortognáticas, são: Osteotomia Sagital do Ramo Mandibular; Mentoplastia e Osteotomia Da Maxila Le Fort-I. (GIOVANI/CENTRO) Acreditamos ser mister elucidar a etiologia da obstrução, pois, só assim haverá condição para que o Profissional indique a, possível, solução cirúrgica, por exemplo: um paciente que foi diagnosticado com retrognatismo mandibular e não apresentou em seu quadro clinico obstrução nasal ou retropalatal, porém, sofre da síndrome obstrutiva (apnéia/sono) e foi confirmada a obstrução retrolingual, tudo indica, a técnica eleita será a Sagital do Ramo Mandibular com avanço (a técnica cirúrgica Sagital do ramo é considerada versátil, visto que, pode ser usada tanto para avanços quanto para recuos, porém, é mais efetiva para avanços e geralmente quando usada para recuos exige técnicas cirúrgicas complementares) mandibular —o que resultará, obviamente, na tração do assoalho da boca para uma posição mais anteriorizada corrigindo, assim, a obstrução retrolingual. (GIOVANI/CENTRO) Ainda dando sequência às técnicas cirúrgicas que objetivam corrigir as obstruções das vias aéreas, temos a Mentoplastia. Todavia, tal cirurgia (mentoplastia) é considerada, muitas vezes, como uma cirurgia complementar de outras cirurgias, visto que, geralmente, coadjuva as técnicas: Sagital; Vertical/R; Corpo mandibular e Le Fort I (buscando harmonia facial), porém, a variedade de técnicas cirúrgicas que envolve a mesma (mentoplastia) a coloca também no quadro de cirurgias com capacidade de ajudar na cura dos indivíduos que sofrem com a “Obstrução Retrolingual” —relataremos um exemplo: O paciente é retrognata/mandibular (posição posteriorizada da mandíbula com relação a base do crânio) e o seu quadro clínico, no que diz respeito às outras estruturas craniofaciais, após examinado inclusive pelo traçado cefalometrico, não acusou mais nada, logo, dependendo da gravidade da anomalia diagnosticada, a técnica mentoplastia com avanço do mento poderá ser a eleita, para tanto —a técnica preconiza que —na hora da ressecção/osteotomia óssea o músculo genioglosso deve permanecer incluso no segmento distal para que dessa forma possa ser tracionado e, destarte, tracione a língua e, obviamente, corrija a obstrução retrolingual. (GIOVANI/CENTRO) Continuando com os nossos relatos sobre às técnicas cirúrgicas (C/Ortognática), temos a Le Fort I. Tal técnica (osteotomia horizontal total da maxila), apesar de ter tido o início dos seus estudos entre os anos 20 e 30 (século XX) —devido à sua imprevisibilidade foi ultrapassada pelas técnicas cirúrgicas (ortognáticas) praticadas na mandíbula, pois, eram mais previsíveis, logo, evidentemente, todos os casos de anomalias craniofaciais (maxilo/mandibular) eram “resolvidos” com elas (c/ortognáticas mandibulares). Todavia, devido à insistência de alguns Pesquisadores/Cirurgiões a técnica Le Fort I ganhou força em meados da década de 60 (sessenta) com os resultados de pesquisas que elucidavam a viabilidade vascular (revascularização e reparação óssea após a osteotomia total da maxila), assim sendo, ela (técnica Le Fort I) evoluiu rapidamente e conseguiu atingir padrões cirúrgicos bem próximos dos atuais na segunda metade da década de 70 e, finalmente, foi popularizada em 1980. (GIOVANI/CENTRO) A técnica Le Fort I é versátil, visto que, pode ser usada para corrigir variados tipos de anomalias existentes na maxila e que, quase sempre, se traduzem em mal posicionamento da mesma (maxila) —tendo, como base, os movimentos: transversal; longitudinal; vertical; avanço e recuo. Todavia, em alguns movimentos há necessidade de enxertia óssea para garantir a vascularização e evitar o risco de uma, possível, pseudoartrose. A técnica (Le Fort I), vem sendo coadjuvada com freqüência, desde a virada do século XX, pelo planejamento Prototipado (não entraremos em detalhes sobre prototipagem —acreditamos que o nosso leitor já conheça , pois, é uma tecnologia em uso também em outras áreas profissionais) que melhora a previsibilidade dos movimentos cirúrgicos realizados no trans-operatório e, praticamente, anula as possibilidades de recidiva (retorno do problema do paciente no futuro). (GIOVANI/CENTRO) Acreditamos que à essa altura o nosso leitor leigo deva estar se perguntando o porquê de tanta ênfase dada à “tal técnica” Le Fort I. Tal ênfase foi dada devido tratar-se de uma técnica respeitada no Mundo inteiro e, obviamente, quando corretamente indicada —é sem dúvida alguma, uma poderosa “ferramenta” destinada a resolver os problemas à ela imputados. Inúmeros (95%) casos da Síndrome Obstrutiva (apnéia/sono) e que tinham como fator predisponente a obstrução retropalatal de origem esquelética foram resolvidos através da famigerada técnica (Le Fort I). Para melhor compreensão, por parte do nosso leitor, vamos criar um caso clinico fictício, ei-lo: Individuo em torno dos 45 anos, não obeso, aparentando ligeiro prognatismo mandibular (Classe-III de Angle) e queixando-se de fadiga diurna devido não conseguir dormir a noite, pois, “fica sem ar e acorda assustado”. O exame clínico é realizado e relata: o paciente não possui macroglossia; a úvula não está edemaciada; os pilares amigdalianos aparentam normalidade em seus tamanhos; o palato mole não apresenta espessamento e não há obstruções nasais. Foi solicitado o exame Cefalométrico. A analise cefalométrica acusou retromaxilismo ou retrognátismo maxilar, ou seja, o paciente possui a maxila retruida com relação à base do crânio e não o que a principio aparentava, visto que, foi diagnosticado pelo exame clínico como sendo um portador de ligeiro prognatismo mandibular (Classe-III de Angle) e após a análise cefalométrica o diagnóstico mostrou outra realidade, logo, tal paciente tem um quadro clínico, sugestivo, de (obstrução retropalatal) retromaxilia (problema de ordem esquelética) oriundo da posição retruida em que se encontra a sua maxila, assim sendo, tudo indica ser o paciente candidato a submeter-se, caso ele queira resolver o problema, a cirurgia ortognática Le fort I—com avanço de toda a maxila para uma posição mais anteriorizada , o que levará certamente a liberação da via aérea obstruída pela presente condição (retrognatismo maxilar) do paciente. Obs: o diagnóstico do nosso exemplo fictício, acima , obviamente, envolveria varias áreas profissionais, logo, foi criado com o objetivo didático, pois, no nosso entendimento, foi a forma mais simples de certificarmos que o nosso leitor conseguiria entender-nos. (GIOVANI/CENTRO) Continuando com os nossos relatos sobre as técnicas cirúrgicas (ortognática) que podem ajudar na cura dos, portadores da síndrome obstrutiva (apnéia/sono), que foram diagnosticados com obstrução Retrolingual e Retropalatal ao mesmo tempo — temos a junção da Técnica Sagital do Ramo, com avanço mandibular + Técnica Le Fort I com avanço maxilar, logo, a resultante da aplicação simultânea das duas técnicas —é a seguinte: com o avanço da mandíbula tracionamos o assoalho da boca e conseguimos corrigir a obstrução Retrolingual e com o avanço do maxilar corrigimos a obstrução Retropalatal , porém, em alguns casos tratados com ambas as técnicas (Sagital + Le Fort I) ao mesmo tempo, foi observado uma perda na estética. Todavia, tal perda, estética, pode ser driblada com um planejamento coadjuvado no sentido de saná-la (perda estética). (GIOVANI/CENTRO)Conclusão: A Síndrome (Apnéia/Sono/obstrutiva) é uma doença multifatorial, visto que, vários são os fatores que a predispõe e é também uma doença com apelo multidisciplinar, uma vez que , exige para à sua resolução equipe formada por profissionais de diferentes áreas. Todavia, apesar de não ser possível a erradicação da mesma, devido aos seus fatores predisponentes (comportamental; hereditário e etc. . .), é uma doença tratável e com bom prognóstico, porém, por ser uma doença debilitante, visto que, atua debilitando toda a fisiologia do portador (disfunções cardíacas e danos cerebrais são comuns), também, não pode ser cronificada, ou seja, não pode ser controlada através de ações medicamentosas. Vemos (CENTRO) com bons olhos o desenvolvimento tecnológico, pois, o mesmo cria condições para um meticuloso diagnóstico — algo imprescindível para conseguir êxito no tratamento dos portadores da síndrome (apnéia/sono/obstrutiva). Atualmente a doença vem ganhando “adeptos”, com facilidade — acreditamos que o fator comportamental e a falta de orientação sejam os responsáveis pela situação. O CENTRO atua na área da orientação, logo, tendo como base o que está ocorrendo — acreditamos, com essa dissertação sobre o assunto , termos dado um passo a favor dos que sofrem desse Mal (apnéia/sono), uma vez que, no nosso entendimento, a Raiz de todo o Mal encontra-se na falta do conhecimento. (GIOVANI/CENTRO) (Janeiro/2017/G/C)

Atenciosamente,

Pesq. Chefe. Giovani Martins Garcia (GIOVANI/CENTRO)

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